sábado, 11 de dezembro de 2010

Partidos Políticos


A conjuntura atual exige que se discuta o papel dos partidos políticos. Para tanto, as condições em que foram se instituindo no Brasil os partidos chama a atenção. No primeiro momento percebe-se a forte presença de uma ideologia que dá norte às ações e aos programas partidários.

A redemocratização do país possuía ainda muito das idéias européias e, portanto , a idéia de lutas de classes predominava no imaginário dos ativista políticos. Isto implicava uma seleção nos quadros partidários e conseqüentemente critérios rigorosos no seu recrutamento. Observar e cumprir o estatuto de um partido era fundamental. Por isso era fácil perceber as diferenças entre partidos. Daí a idéia de partidos de direita, de centro e de esquerda.

Para chegar ao poder, muitos líderes passaram a fazer composições. Estas composições, conhecidas como alianças, eram feitas entre partidos com idéias semelhantes ou parecidas. Mais tarde, incluíram-se também os partidos com idéias próximas. Os partidos do centro podiam coligar com qualquer um. Ora com a esquerda. Ora com a direita. Daí em diante foi muito fácil coligar partidos de direita e de esquerda sem nenhum constrangimento.

Na medida em que alianças são formadas sem nenhum critério ideológico, apenas visando a tão sonhada chegada ao poder, percebe-se que os partidos políticos, na prática estão reduzidos ao papel de ser a condição sem a qual a pessoa não sai candidato. A fidelidade partidária pode até ser invocada para se expulsar algum membro. Desde que o membro não seja do executivo. Principalmente se o membro for Presidente da Republica ou Governador de estado.

Estes, como se diz, são os representantes do povo e não do partido. Portanto, o partido não é o dono do mandato. O mandatário obedece à outra lógica. A lógica dos acordos firmados na hora das composições das coligações.

Nestas condições onde fica o partido? Qual a sua função senão a de possibilitar o interesse pessoal ou de um grupo?

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