sábado, 26 de junho de 2010

Estratégias e táticas eleitorais modernas.


Campanhas vitoriosas são construídas. A decisão dos eleitores está envolta nas atitudes, nas opiniões, na história, no meio demográfico em que vivem as pessoas. Conta, portanto, a experiência e a intuição sobre o imaginário da população. Combinar estas coisas não é nada fácil, mas disso depende o sucesso da campanha.
Doutrinas e ideologias devem ser abandonadas, pois o que conta mesmo é o desempenho do candidato.
Portanto, a forma como o candidato se comunica com o eleitor é fundamental. Entretanto, comunicação e informação não podem confundir-se. “O objetivo de uma campanha política não é colocar novas informações na cabeça do eleitor, e sim usar as que já existem”. Para isso, não basta citar fatos. Precisamos descobrir e relacionar fatos importantes para nos comunicarmos com os eleitores, ganhar seus votos e, consequentemente, as eleições.
Precisamos ser menos racionais e mais emotivos. Portanto, devemos fazer o eleitor sonhar.
Para tanto, a comunicação de campanha tem que mostrar que os valores do candidato são os mesmos do eleitor. A linguagem do marketing político é dos valores e não do marketing comercial. A idéia de atacado e varejo serve para mercadorias, para coisas inanimadas. Estamos tratando com mentes e corações. Precisamos primeiramente conquistar o eleitor. Lembrem-se, eleição é como lavoura. Os meios de comunicação irrigam. Mas só o contato semeia.
Ganha eleição quem erra menos. Campanha vitoriosa exige perfeição. Campanha com furos exige explicações e quem muito se explica cai em descrédito. Não basta ser honesto. É fundamental passar confiança. Quando o eleitor tem confiança no candidato, moverá céus e terras para torná-lo vitorioso.
A motivação da equipe deve partir do candidato e sua coordenação. A coordenação e seus colaboradores devem assumir a campanha como sua. Afinal, você é a imagem do candidato. A derrota do candidato é a sua derrota. A vitória é a sua vitória. Pois é o seu trabalho, sua dedicação que está em jogo. Assuma a campanha como se você fosse o candidato. Seja um vencedor. Afinal, pra que entrar em uma guerra em que você não tem nada com isso.
As guerras antigas exigiam que o líder estivesse à frente. No mundo moderno as guerras não são uma questão de força, mas de estratégia, de inteligência. O voto mistura crenças e conjuntura. Esquecer quaisquer das duas é perder a eleição. Lembre-se, primeiro o eleitor decide em quem não se deve votar. Portanto, ajude-o. Reconquiste antes de qualquer coisa os seus eleitores. Depois os indecisos.
Importante. Currículo não ganha eleição. Campanha, sim. Devemos, portanto, colocar toda nossa juventude, toda nossa inteligência e nosso entusiasmo para desenvolvermos o único mecanismo que garante a vitória, a campanha.
Campanha vitoriosa requer organização e disciplina. Defina as funções. Planeje, isso maximizará os recursos. Aliás, recursos são sempre escassos. Fazer o melhor uso possível dos recursos e do tempo disponível é um grande desafio logístico e pessoal do candidato.
Devemos fazer campanha para os eleitores. Militantes e amigos, em tese, já temos os votos, dos eleitores temos que conquistar.
Mãos à obra.

Luiz Carlos Marques