sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Anos de chumbo

Não faz muito tempo que o mundo vivia sob a égide do terror. A década de setenta foi o auge das ditaduras e dos governos da chamada direita. Na América do sul, a operação condor tinha como objetivo exterminar a esquerda.

O Brasil foi capaz de enfrentar um processo de redemocratização que envolveu a anistia aos envolvidos no processo. Entretanto, ainda se houve acusações de terrorismo a algumas figuras daquele período. Que o diga a nossa presidente eleita Dilma Roussef, tachada de terrorista e seqüestradora.

A Europa vive um momento delicado com a chegada ao poder de governos nitidamente de direita e instabilidade econômica. A Itália encontrou uma forma de desviar a opinião pública de seus problemas internos. Mas, para isso, patrocina uma perseguição política nos molde da década de setenta.

A posição do governo brasileiro demonstra a nossa soberania e a condição de tratar um país de primeiro mundo como igual.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Muito barulho por nada.


A tentativa de voltar ao governo da capital amazonense pela dinastia da família Correa já começou. Assistimos a uma onda de marketing pesadíssimo, numa clara tentativa de polarizar as eleições dois anos antes do pleito. Daí os ataques direcionados ao prefeito de Manaus e sua administração.

O problema é que, a considerar as últimas eleições, o povo está mais propício a votar em campanhas light do que nas campanhas agressivas. Tudo indica que uma parte da população espera propostas e não baixarias. Esse é o dilema dos Correas. Pois o senhor Serafim Correa havia chegado à prefeitura em cima de propostas.

Gerou uma grande expectativa e causou uma imensa frustração. Este fato parece ser o único capaz de explicar as atitudes do pai e do filho com relação ao senhor Amazonino Mendes. Em toda essa questão, só assistimos críticas e nenhuma proposta, Não que a prefeitura não mereça críticas. Entretanto, era de se esperar, de alguém que já governou a cidade, contribuísse muito mais com proposta, do que critica.

Parafraseando Shakespeare, pois faltam dois anos e existem outros candidatos, “ é muito barulho por nada”.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Itacoatiara: um porto alternativo.

Em todo este caso que envolve a problemática do porto de Manaus as soluções encontram alguma dificuldade de execução. Quando do acidente no porto Chibatão, ficou impossível esconder a necessidade de se pensar em uma solução para o problema de carga e descarga na cidade de Manaus.

Talvez a solução esteja em outro lugar, não em Manaus. Imagine a construção de um porto na vizinha cidade de Itacoatiara. Esta cidade possui todas as condições para isso sem, contudo, gerar os entraves criados na capital. Alem da geração de emprego e renda que esta iniciativa geraria naquele local.

As vantagens podem ser computadas facilmente. Como a cidade de Itacoatiara está ligada a Manaus através de rodovia, ganharíamos tempo na entrega das mercadorias, principalmente as direcionadas ao pólo industrial de Manaus. É sabido que uma embarcação de carga demora em media 24h entre Itacoatiara e Manaus. Com um porto naquele município, diminuiríamos em pelo menos 20 horas o tempo de chegada a Manaus.

Esta engenharia nos dá também uma economia considerável nos preços do transporte. Sem falar que diminuiríamos a grande movimentação de carros pesados no centro da capital amazonense.

Só assim, poderemos ter um porto exclusivo para cruzeiros turísticos que nos visitam todos os anos. Cidades como São Paulo já adotam esta solução há muito tempo. Santos é um bom exemplo.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O espírito das Leis


Carlos de Secondat, ou Montesquieu, ficaria sem saber como teorizar a política amazonense. No livro, “o Espírito das Leis”, ele trata da separação dos poderes. O Executivo, o Legislativo e o Judiciário seriam poderes harmônicos mas independentes. Isto significa que cada poder seria autônomo. Seria, haja vista que, pelo que se viu na Câmara Municipal de Manaus em nenhum momento houve independência.

Pelas notícias que nos chegam, até as empresas do pólo industrial de Manaus exercem poder de barganha junto aos vereadores. No caso específico, o Senhor Massami Miki.

Com a coletiva do Prefeito de Manaus, aí não restam dúvidas. Qualquer um que ganhasse a eleição estaria se submetendo a forcas externa corpus. O que deixaria Montesquieu no mínimo desnorteado.

As trapalhadas da Câmara Municipal de Manaus depõem contra a democracia e o jogo democrático.

domingo, 19 de dezembro de 2010

Liberdade Chinesa

O desejo humano parece ilimitado. Em algumas áreas isso é fundamental e devemos até incentivá-los. O conhecimento humano deve buscar sempre o novo. Portanto, as ciências são o lócus privilegiado do desejo. Fora disso, ele se revela nefasto.

Afinal, qual o objetivo de se acumular tantas riquezas? Quando se acumula riqueza de forma honesta, digna, servimos de exemplos. Mas, quando o desejo de fazer fortuna não encontra limites, estamos diante de uma questão patológica. Só isso será capaz de explicar os fatos ocorridos na madeireira Cifec.

Opressão e liberdade são os conceitos que estão em jogo. O povo quer livrar-se da opressão e os poderosos sempre buscam oprimir o povo. Isso está implícito em todas as sociedades. Entretanto, no sistema democrático, a vigilância da sociedade consegue inibir a tirania.

Pensam alguns que a sua felicidade depende da realização de algum fim medíocre ou grandioso. Como crianças, abandonam suas conquistas e partem para a seguinte, pois a felicidade não depende de algo material.

A ganância impede os homens de viver e viver feliz. O desejo de lucro a qualquer preço só trás vergonha.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Razão e Emoção


A disputa da opinião pública, a dois anos das eleições, pode estar dando a idéia do que vem a ser a sucessão do senhor Amazonino Mendes. Daí a preocupação com as vaias que o Prefeito de Manaus obteve na estada do Presidente Lula em nossa terra.

É sabido que, nessas ocasiões, os grupos de interesses patrocinam a ida de seus correligionários ao evento. Cada um quer aparecer para o Presidente como liderança local, como aquele que detém o poder político. Entretanto, este não foi o caso, o que se viu foi que um grupo esteve no local única e exclusivamente para promover a sonora vaia que foi ouvida e divulgada. Quem, em sã consciência, sairia de casa para ver o Presidente, repito, ver o Presidente, e espontaneamente vaiar o Prefeito de Manaus?

Não há dúvidas que alguém patrocinou o ocorrido. Muitos leitores devem ter atinado para isso e aos que me consultaram a respeito tenho dito que a única explicação para isso é as eleições para Prefeitura de Manaus. A administração do Prefeito Amazonino Mendes não é perfeita, existem problemas a ser resolvidos, mas daí imaginar que é a pior que já existiu, não passa de asneira. É difícil comparação neste momento. Todavia, o pior já passou.

Quando assisto a comentários sobre o fato, imagino o que vamos ouvir no período das eleições. Baixarias e nenhuma proposta.

Daí a importância que tem a opinião pública, o perfil do eleitor que se deixa levar por fatos como esses. Isso explica o Prefeito ter a necessidade de desfazer o contexto em que a s vaias ecoaram.

A batalha já começou.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Rumo Certo


Quando estamos em dificuldades, quando tudo parece não ter jeito, ai pode estar a grande virada em sua vida. Para mudar é preciso acreditar e ousar. Pense em sua vida e identifique o que o levou a estar onde está. Importante observar nas coisas pequenas, pois as grandes são de fácil identificação. Um ditado chinês diz; "A gente tropeça sempre nas pedras pequenas, porque as grandes a gente logo enxerga".

Portanto, não se julgue incapaz ou incompetente. A primeira coisa a fazer é colocar as coisas em ordem, organizar-se. Depois, concentre-se em um objetivo e nos meios para alcançá-lo. Se for necessário reciclagem, recicle. Aliás, todos precisam estar sempre em processo de reciclagem, de aprendizagem. A vida é um eterno aprendizado e no mundo moderno isto é condição sine qua nom. Os que perderam a vontade de conhecer algo novo estão fadados ao fracasso.

Uma coisa comum quando estamos em dificuldades é nos isolarmos, nos afastarmos dos outros. Imaginamos que assim será mais fácil sair da situação em que nos encontramos. Ledo engano. Ai sim, devemos buscar nos relacionar com os outros, afinal, vivemos em sociedade. Fomos criados para viver juntos. Portanto, trocar experiências pode ser uma oportunidade de dar a volta por cima, de encontra a solução mais rápida. Quase nada se faz hoje sozinho. Porque com você será diferente?

Dúvidas e incertezas sempre existirão. Melhor errar que ser omisso. Antes de dizer não, tente fazer de várias formas. Desistir no primeiro obstáculo é o comportamento dos vermes. Persistir, teimar, dos vitoriosos. Já imaginou quantas vezes Izac Niwtom tentou para, enfim, conseguir criar a lâmpada? Vinte mil vezes. Exemplos de persistência existem em abundância, mas o fundamental é acreditar na sua capacidade de atuação. Você precisa agir.

Os obstáculos, as dificuldades de percurso devem ser encaradas como uma possibilidade de reorganizar a sua vida, de buscar o rumo certo que o levará a vitória.

Só assim podemos admirar a imensa capacidade do ser humano.

Que Deus nos abençoe.

Luiz Carlos Marques

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Tudo Muda


O Supremo Tribunal Federal acaba de decidir que a vaga, em caso de coligações, pertence ao primeiro suplente do partido e não ao da coligação. Estou citando o fato, pois acompanhei, de longe, a luta travada pelo primeiro suplente de deputado Federal no Amazonas, Roberto Carlos.

Ele disputou as eleições pela coligação, pelo bem do Amazonas , que incluíam os partidos,PP, PMDB e PMN. Com a eleição do senhor Carlos Souza na chapa do senhor Amazonino Mendes, para prefeito de Manaus, a vaga foi assumida pelo senhor Lupércio Ramos. Lupercio, como se sabe, era suplente da coligação ( PMDB) e não do partido de Carlos Sousa, o PP. Aliás, Lupércio era o segundo suplente. Roberto Carlos era o suplente do partido, PP.

O fato é que o Senhor Roberto Carlos recebeu uma negativa em seu pedido para assumir a vaga de suplente, pois o entendimento era que a vaga pertencia à coligação e não ao partido. Agora o entendimento mudou. Se este fosse o entendimento há dois anos, que a vaga pertencia ao partido, o Amazonas teria outro deputado Federal.

Que pena que o entendimento tenha vindo tarde, pois, para o senhor Roberto Carlos, uma nova ação nestas condições é um tiro no ar e uma facada no mar.

sábado, 11 de dezembro de 2010

Partidos Políticos


A conjuntura atual exige que se discuta o papel dos partidos políticos. Para tanto, as condições em que foram se instituindo no Brasil os partidos chama a atenção. No primeiro momento percebe-se a forte presença de uma ideologia que dá norte às ações e aos programas partidários.

A redemocratização do país possuía ainda muito das idéias européias e, portanto , a idéia de lutas de classes predominava no imaginário dos ativista políticos. Isto implicava uma seleção nos quadros partidários e conseqüentemente critérios rigorosos no seu recrutamento. Observar e cumprir o estatuto de um partido era fundamental. Por isso era fácil perceber as diferenças entre partidos. Daí a idéia de partidos de direita, de centro e de esquerda.

Para chegar ao poder, muitos líderes passaram a fazer composições. Estas composições, conhecidas como alianças, eram feitas entre partidos com idéias semelhantes ou parecidas. Mais tarde, incluíram-se também os partidos com idéias próximas. Os partidos do centro podiam coligar com qualquer um. Ora com a esquerda. Ora com a direita. Daí em diante foi muito fácil coligar partidos de direita e de esquerda sem nenhum constrangimento.

Na medida em que alianças são formadas sem nenhum critério ideológico, apenas visando a tão sonhada chegada ao poder, percebe-se que os partidos políticos, na prática estão reduzidos ao papel de ser a condição sem a qual a pessoa não sai candidato. A fidelidade partidária pode até ser invocada para se expulsar algum membro. Desde que o membro não seja do executivo. Principalmente se o membro for Presidente da Republica ou Governador de estado.

Estes, como se diz, são os representantes do povo e não do partido. Portanto, o partido não é o dono do mandato. O mandatário obedece à outra lógica. A lógica dos acordos firmados na hora das composições das coligações.

Nestas condições onde fica o partido? Qual a sua função senão a de possibilitar o interesse pessoal ou de um grupo?

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Primeira Dama


Na história do Amazonas a figura da primeira dama quase é esquecida. Isto pode estar mudando a partir deste ano com a chegada de Omar Aziz ao poder.

A grande mudança está no fato de a primeira dama participar ativamente da vida pública do estado sem, contudo estar envolvida na função administrativa. Dito de outra forma, contribui com a administração de Omar sem que para isso seja necessário uma estrutura governamental que lhe suporte. Via de regra, como esposa do governador, a assistência social seria o seu local. Assim tem sido. Entretanto, percebe-se que a senhora Nejmi Aziz, parece prescindir do cargo para exercer seu papel de primeira dama.

Talvez estejamos assistindo a ascensão de uma nova estrela no horizonte. Uma estrela com luz própria. E, se este pensamento se confirmar, em breve teremos alguém a altura para representar ou dirigir os nossos destinos.

A impressão que se tem é que a senhora Nejmi Aziz é forte e sabe muito bem o que quer.

O Governador Omar Azizis começa o seu governo com um ponto de vantagem sobre os outros. Começa a ter dentro de casa alguém com a alma e o coração do povo.