quinta-feira, 2 de março de 2017

A velha crise nos transportes.

Foto Reprodução do site Ampost


 Vivemos uma onda de crises; na saúde, na segurança e, entre outros, no sistema de transporte público. Com o aumento nas passagens para 3,80 reais, em Manaus, o problema dos transportes volta à baila.

 O mais comum é criticar o preço e as condições dos ônibus que sevem a população. Os preços estão exorbitantes e as condições dos transportes péssimos. Isto acontece por vários motivos. O sistema de gerenciamento público dos transportes funciona como uma extensão das concessionárias. O corolário é que, na prática, não existe real fiscalização. Por outro lado, existe um cartel nacional que explora estes serviços, impedindo que seja aplicada a lei do mercado, ou seja, não tem concorrência. Nestas condições, os empresários do setor não têm porque se preocupar com o usuário haja vista que os seus lucros estão garantidos.

 Enquanto isso, a Prefeitura pouco ou nada faz para criar uma infraestrutura capaz de dar uma alternativa para o caos no trânsito. É preciso investimento para solucionar o problema. Abertura de novas avenidas para dar vazão aos carros que se deslocam para os bairros mais distantes requer desapropriação de muitos terrenos. Vias de mão única esbarram em uma questão cultural que impedem a sua viabilização. Qual seja; recusamos-nos a ir um pouco mais além para retornarmos.

 Enquanto não houver coragem para romper com o sistema montado pelas empresas e seriedade para desapropriar terrenos, abrir novas avenidas e ruas de mão única, vamos assistir o caos que garante lucros aos empresários e votos ao Prefeito.


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