Foto Reprodução do site Ampost |
Vivemos uma onda de crises; na saúde, na
segurança e, entre outros, no sistema de transporte público. Com o aumento nas
passagens para 3,80 reais, em Manaus, o problema dos transportes volta à baila.
O mais comum é criticar o preço e as condições
dos ônibus que sevem a população. Os preços estão exorbitantes e as condições
dos transportes péssimos. Isto acontece por vários motivos. O sistema de
gerenciamento público dos transportes funciona como uma extensão das
concessionárias. O corolário é que, na prática, não existe real fiscalização. Por
outro lado, existe um cartel nacional que explora estes serviços, impedindo que
seja aplicada a lei do mercado, ou seja, não tem concorrência. Nestas
condições, os empresários do setor não têm porque se preocupar com o usuário haja
vista que os seus lucros estão garantidos.
Enquanto isso, a Prefeitura pouco ou nada faz
para criar uma infraestrutura capaz de dar uma alternativa para o caos no trânsito.
É preciso investimento para solucionar o problema. Abertura de novas avenidas
para dar vazão aos carros que se deslocam para os bairros mais distantes requer
desapropriação de muitos terrenos. Vias de mão única esbarram em uma questão
cultural que impedem a sua viabilização. Qual seja; recusamos-nos a ir um pouco
mais além para retornarmos.
Enquanto não houver coragem para romper com o
sistema montado pelas empresas e seriedade para desapropriar terrenos, abrir novas
avenidas e ruas de mão única, vamos assistir o caos que garante lucros aos
empresários e votos ao Prefeito.