quinta-feira, 2 de março de 2017

A velha crise nos transportes.

Foto Reprodução do site Ampost


 Vivemos uma onda de crises; na saúde, na segurança e, entre outros, no sistema de transporte público. Com o aumento nas passagens para 3,80 reais, em Manaus, o problema dos transportes volta à baila.

 O mais comum é criticar o preço e as condições dos ônibus que sevem a população. Os preços estão exorbitantes e as condições dos transportes péssimos. Isto acontece por vários motivos. O sistema de gerenciamento público dos transportes funciona como uma extensão das concessionárias. O corolário é que, na prática, não existe real fiscalização. Por outro lado, existe um cartel nacional que explora estes serviços, impedindo que seja aplicada a lei do mercado, ou seja, não tem concorrência. Nestas condições, os empresários do setor não têm porque se preocupar com o usuário haja vista que os seus lucros estão garantidos.

 Enquanto isso, a Prefeitura pouco ou nada faz para criar uma infraestrutura capaz de dar uma alternativa para o caos no trânsito. É preciso investimento para solucionar o problema. Abertura de novas avenidas para dar vazão aos carros que se deslocam para os bairros mais distantes requer desapropriação de muitos terrenos. Vias de mão única esbarram em uma questão cultural que impedem a sua viabilização. Qual seja; recusamos-nos a ir um pouco mais além para retornarmos.

 Enquanto não houver coragem para romper com o sistema montado pelas empresas e seriedade para desapropriar terrenos, abrir novas avenidas e ruas de mão única, vamos assistir o caos que garante lucros aos empresários e votos ao Prefeito.


quarta-feira, 7 de outubro de 2015

NÃO DESOBEDEÇA AS REGRAS.

FOTO: 
www.facebook.com/goreth.garciaribeiro



 "Não desobedeçam as regras". Foram estas as últimas palavras, segundo soube, da primeira dama do Município de Manaus, Goreth Garcia,  em reunião com os  Conselheiros Tutelares neste 07 de outubro.  
 Depois da festiva desorganização da eleição para o Conselho Tutelar de Manaus, a frase pode soar como algo inovador. Mas tudo indica que apenas parece. A primeira dama admitiu que não tinha conhecimento do que os seus subordinados estavam fazendo. Não sabia que eles é quem decidiram antecipadamente quem deveria votar. Os nomes que estavam em poder dos mesários continham apenas 20% dos eleitores das zonas de votação. Daí os nomes não serem encontrados na lista, que agora se sabe, os funcionários da Prefeitura produziram.
 Ela não sabia e parece continuar sem saber, que parentes em primeiro grau de candidatos atuaram como presidente de mesa na seção onde o primo era candidato.
 Mas afinal qual o motivo desta reunião?. Segundo fui informado, nesta reunião os conselheiros decidiram o dia da próxima eleição. A pergunta que se faz é porque os outros candidatos não foram consultado? Será que existem motivos escusos evidentes por trás desta atitude?
 Como nos ensinou Martim Lutero; Falamos aquilo que precisamos aprender. Primeira dama NÃO DESOBEDEÇA AS REGRAS.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014






Vivemos uma crise de Governabilidade.
Ao andarmos pelas ruas de Manaus nos deparamos com coisas que não entendemos porque existem. Não sei se é os postes que estão invadindo as ruas ou se estão correndo com medo das casas que são construídas na beira das calçadas. 
Mas onde está a crise de governabilidade?
O MANAUSTRANS, no Japiim, ocupa uma área em que as grades que cercam o edifício dá a exata dimensão do problema. O poste da Manaus Energia está dentro do pátio do Instituto. O órgão que deveria dar o exemplo para os munícipes é o primeiro a ostentar o descaso com a cidade de Manaus e as leis.
Será que nenhum funcionário da Prefeitura viu isso? Porque a Prefeitura não dá o exemplo?
Falta GOVERNO na cidade.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Os coveiros do populismo estão com suas pás em punho.

      Estive no final do ano passado em Itacoatiara e confesso que fiquei preocupado com a atitude de algumas pessoas do povo para com o Prefeito da cidade. Naquela ocasião parecia impossível uma reeleição. O PT governara outras cidades do Amazonas, mas, Itacoatiara é a segunda cidade do estado e isso toma uma dimensão muito importante.
       Depois disso voltei somente agora para participar do FECANI. Esperava encontrar uma situação pior que a encontrada antes. Fiquei surpreendido com a manifestação do povo da Velha Cerpa. Um povo feliz e decidido a manter no poder o prefeito do PT. As vozes dissonantes continuam, mas isto é somente o eco daqueles que por muito tempo estiveram sob a sombra do poder.
      O povo, que por décadas acreditaram na elite daquela cidade, começam a perceber que o populismo dos governos anteriores prejudicou muito o futuro daquela cidade.
Diz o ditado popular que; “é preciso estar no lugar certo na hora certa”.  Parece que os itacoatiarenses estão dando a sua resposta no lugar certo, na hora certa. Após essas eleições será preciso colocar as barbas de molho com o povo.
      Em Itacoatiara senti a força da militância do Partido dos Trabalhadores. Os coveiros do populismo estão com suas pás em punho.

terça-feira, 22 de março de 2011

Elite


Escrevo este artigo no mesmo momento em que assisto ao pronunciamento da nossa presidente Dilma Rousseff. O que me motivou a escrever foi o fato de ver na platéia um número significativo de pessoas, conhecidas no Brasil, a acompanhar a comitiva da Presidente. Pessoas que no passado repudiavam o fato de o país ter um presidente operário, ou como era mais comum, analfabeto.

Antes o ataque ao PT era sistemático. Hoje, quase não se houve nenhum indício de que o partido seja incompetente para governar o país. É de se perguntar o que mudou? E a resposta é óbvia. O que mudou foi a classe social há qual pertence o presidente. Enquanto o ex-presidente era um proletário, a atual pertence à classe média alta. Daí a adesão incondicional a presidente.

Apesar da popularidade do ex-presidente Lula ser bastante alta, a indignação de ter um homem do povo no poder, sempre gerou protestos veementes. Agora parece que tudo está perfeito. A Presidente não é analfabeta. Isto não significa que ela não cometa deslizes no língua. Mas quem se importa? O fato é que não é mais um pobre que está no poder.

O PT está do jeito que a classe dominante sempre desejou. Não lembra nem de longe as suas origens. Mas esta súbita adesão a nova presidente nunca vai esconder o fato de que a classe alta deste país é possuidora de preconceito para com os pobres.

A seguir esta tendência, a elite vai retornar ao poder sem, contudo, precisar disputar uma eleição.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Quem nunca pecou.


Quando a poeira começa a baixar fica mais fácil enxergar. Em todo esse caso que envolveu o prefeito de Manaus e os paraenses, uma questão salta aos olhos. Quem nunca riu com uma “piada” sobre paraense? Quem nunca contou uma?

Que o prefeito cometeu um ato falho, não há dúvidas. Entretanto, a população amazonense deveria aproveitar a gafe e pedir desculpas aos nossos irmãos paraenses. Esta passagem lembra o caso bíblico de Maria Madalena. Guardada as devidas proporções, os mesmos que contam piadas preconceituosas sobre paraenses estão a desferir suas pedras.

Claro que na vida pública, o representante do povo deve agir com virtude ou virtuosismo. No plano ético, exigimos uma posição aristocrática do governante. Isto é, o governante é o sábio, o belo, destinado por natureza a não errar. Mas, vivemos na democracia e o governante é o reflexo de seu povo. Se não fosse assim, não permaneceria por tanto tempo no poder.

De minha parte, peço desculpas aos irmãos paraenses e se não for pretensioso, o faço por todos amazonenses.

Quem nunca pecou que atire a primeira pedra.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Ano novo... Idéias Velhas


Estamos começando um novo ano. Diz o ditado que, ano novo, vida nova. Engano. Assistimos as velhas trapalhadas políticas em todo o cenário nacional. As velhas formas de se fazer política estão cada vez mais fortes e sem nenhum pudor.
Até quando assistiremos ao PMDB, partido formado por uma gama de fisiologistas, usarem a bancada como moeda de troca para interesses pessoais? Estão no poder a mais de vinte anos e nunca se importaram com o salário dos trabalhadores brasileiros. Agora, de uma hora pra outra, são os arautos dos grandes salários. Tudo por conta dos cargos de segundo escalão do governo federal.
Em todo este processo de mudanças ocorrido a partir do governo Lula, o povo brasileiro espera que estas práticas fiquem no passado e que o espírito público prevaleça. Este partido ainda possui a segunda maior bancada do congresso nacional. Entretanto, é publico e notório que o PMDB vem perdendo espaço político. A seguir esta tendência, caminha a passos largos para o desaparecimento.
A chantagem política do PMDB, ao governo federal, demonstra que no ano novo, a sua prática é velha.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Anos de chumbo

Não faz muito tempo que o mundo vivia sob a égide do terror. A década de setenta foi o auge das ditaduras e dos governos da chamada direita. Na América do sul, a operação condor tinha como objetivo exterminar a esquerda.

O Brasil foi capaz de enfrentar um processo de redemocratização que envolveu a anistia aos envolvidos no processo. Entretanto, ainda se houve acusações de terrorismo a algumas figuras daquele período. Que o diga a nossa presidente eleita Dilma Roussef, tachada de terrorista e seqüestradora.

A Europa vive um momento delicado com a chegada ao poder de governos nitidamente de direita e instabilidade econômica. A Itália encontrou uma forma de desviar a opinião pública de seus problemas internos. Mas, para isso, patrocina uma perseguição política nos molde da década de setenta.

A posição do governo brasileiro demonstra a nossa soberania e a condição de tratar um país de primeiro mundo como igual.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Muito barulho por nada.


A tentativa de voltar ao governo da capital amazonense pela dinastia da família Correa já começou. Assistimos a uma onda de marketing pesadíssimo, numa clara tentativa de polarizar as eleições dois anos antes do pleito. Daí os ataques direcionados ao prefeito de Manaus e sua administração.

O problema é que, a considerar as últimas eleições, o povo está mais propício a votar em campanhas light do que nas campanhas agressivas. Tudo indica que uma parte da população espera propostas e não baixarias. Esse é o dilema dos Correas. Pois o senhor Serafim Correa havia chegado à prefeitura em cima de propostas.

Gerou uma grande expectativa e causou uma imensa frustração. Este fato parece ser o único capaz de explicar as atitudes do pai e do filho com relação ao senhor Amazonino Mendes. Em toda essa questão, só assistimos críticas e nenhuma proposta, Não que a prefeitura não mereça críticas. Entretanto, era de se esperar, de alguém que já governou a cidade, contribuísse muito mais com proposta, do que critica.

Parafraseando Shakespeare, pois faltam dois anos e existem outros candidatos, “ é muito barulho por nada”.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Itacoatiara: um porto alternativo.

Em todo este caso que envolve a problemática do porto de Manaus as soluções encontram alguma dificuldade de execução. Quando do acidente no porto Chibatão, ficou impossível esconder a necessidade de se pensar em uma solução para o problema de carga e descarga na cidade de Manaus.

Talvez a solução esteja em outro lugar, não em Manaus. Imagine a construção de um porto na vizinha cidade de Itacoatiara. Esta cidade possui todas as condições para isso sem, contudo, gerar os entraves criados na capital. Alem da geração de emprego e renda que esta iniciativa geraria naquele local.

As vantagens podem ser computadas facilmente. Como a cidade de Itacoatiara está ligada a Manaus através de rodovia, ganharíamos tempo na entrega das mercadorias, principalmente as direcionadas ao pólo industrial de Manaus. É sabido que uma embarcação de carga demora em media 24h entre Itacoatiara e Manaus. Com um porto naquele município, diminuiríamos em pelo menos 20 horas o tempo de chegada a Manaus.

Esta engenharia nos dá também uma economia considerável nos preços do transporte. Sem falar que diminuiríamos a grande movimentação de carros pesados no centro da capital amazonense.

Só assim, poderemos ter um porto exclusivo para cruzeiros turísticos que nos visitam todos os anos. Cidades como São Paulo já adotam esta solução há muito tempo. Santos é um bom exemplo.